O dia hoje estava monótono, como de costume. Fui ao centro da cidade comprar alguns materiais para cuidar da cirurgia da minha mãe, e, na volta, encontrei com um conhecido meu. Queria chamar ele de amigo, ou ao menos de colega, mais ainda não passamos de conhecidos. Resisti a falar com ele. Outrora ele me machucou, e eu pensava ter mágoas disso. Acho que eu tinha, sabe... creio que elas foram embora assim que começamos a conversar.
Ele me perguntou como eu estava, se eu já estava trabalhando, como andava a universidade... coisas cotidianas, caretas e que as vezes são necessárias para começar uma conversa. Dai ele resolveu tocar na ferida aberta. Conversamos o caminho todo e resolvemos nosso problema. Já deveríamos ter feito isso a muito tempo atrás. Eu tentei. Aliás sempre tento! As pessoas parecem ter medo de mim, credo! Deve ser minha cara feia...
Depois de entendidos, ele me disse que serámos muito mais unidos hoje se ele tivesse me atendido quando eu o procurei. Nessa hora senti falta desse tempo com ele. Antes eu não sentia, talvez a mágoa atrapalhasse, mas naquela hora eu senti. Nossa, a gente tem tanta coisa em comum, é uma baita amizade que pode se cultivar!
E é isso que sempre desejo pra mim. Na falta de muitas coisas, ao menos amigos com os quais eu possa me divertir, falar bobeira, dividir segredos. Eu tenho alguns, mas a sede de querer mais em mim é grande. Enfim, sempre quero ser mais feliz!
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