quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O parque está indo embora, estão levando a minha roda gigante...

Eu não sei como começar esse texto. Tudo esses dias está tão intenso que parece que o que aconteceu semana passada é algo longínquo na memória. É como se eu tivesse morrido, reencarnado e estivesse fazendo uma regressão.

Me chamaram de egoísta. Há dias eu vim pensando sobre como vinha sendo o meu relacionamento; sobre como tudo estava caminhando e as consequências disso. Sabe, eu não via um fim legal para tudo o que estava acontecendo. A minha visão era a seguinte: se eu não tinha apoio algum da família do meu namorado e estávamos em um namoro que estava literalmente "sobrevivendo por auxílio de aparelhos" (nesse caso, aparelhos telefônicos), então eu não via futuro algum a não ser a morte dele.

Eu tentei reviver esse namoro, mas usei as palavras erradas. Disse a ele palavras que o machucaram e ele resolveu terminar, seguro a essas palavras, mesmo eu as explicando e ele tendo esclarecido todas as minhas preocupações. Mesmo tentando reviver, morreu.

Mas sei lá... não tenho certeza se morreu. Um namoro acaba por que uma delas resolve acabar ou quando o amor dos dois (ou de um deles) acaba? Esse parque já ameaçou ir embora uma vez, mas nós dois nos amávamos e por isso ele não foi embora. O parque já foi por que ele deixou de me amar? Eu duvido. O parque já foi por que eu o deixei de amar? Isso eu tenho certeza que não.

Mas convenhamos, eu não sei me arriscar o bastante. Minha mãe veio aqui agorinha e eu falei que teria que pagar o livro que ele tinha pedido no Avon... Ela perguntou o porquê e eu disse que foi por que "ele desistiu do livro". Mentira, mãe, ele desistiu de mim. Enfim...

Voltando ao assunto. Eu estava a começando a me ver só no futuro com tudo isso que eu estava sentindo. Eu já disse uma vez aqui em um dos textos que a minha solidão era algo que eu temia, mas acabou que voltei a estaca zero; estou aqui recomeçando novamente, e dessa vez parece sério. Eu já me declarei tanto para ele nesses últimos dias, mas parece que hoje eu estou saturado; estou cansado; talvez ele esteja também... isso não prova amor ou desamor de ninguém, mas prova que a gente tem várias formas de demonstrar amor. Em um contexto como esse, o meu arrependimento por ter dito as palavras erradas talvez demonstre amor também.

Não vou dizer "estou arrasado", "quero me matar" ou algo do tipo. Eu estou sim chateado por mim que usei as palavras erradas em um momento errado e por ele que mesmo eu explicando várias vezes, não me atendeu. Mas sabe o que eu quero? Que o tempo passe. Que esse tempo, quer dure dias ou horas, passe, mas que com isso prove se merecemos um ao outro ou não. Que passe e traga consigo lições boas tanto para ele quanto para mim. Com ele eu aprendi que não preciso esperar a vitória, mas preciso sim aproveitar cada minuto até o final.

Ai, mas pudera, a pessoa tem que ser um belo ator para atuar tanto como ele deve achar que eu atuei. Como é que eu posso estar em juras de amor com uma pessoa e na outra ela achar que não? Bah, o que me incomodava era o fato de eu ficar agindo quase que 90% com ele como eu ajo com qualquer amigo meu. Só faltava os "xingamentos" que tenho com alguns dos meus melhores. Ao invés dos xingamentos, era um "eu te amo" as vezes.

A gente não tinha intimidade; a gente tinha encontros em datas simbólicas para nós. Eu vi meu namorado há 3 semanas atrás e o próximo encontro só seria no dia 19. Eu tenho TRAUMA de namoro a distância. Isso estava me castigando e eu não via saída nisso. Será que alguém aqui me entende, por favor?!

Ai, eu tô começando a ficar repetitivo... vish, essa história já me cansou tanto...

Eu resolvi ser professor por causa de nós... resolvi ter uma casa por causa de nós... quem me apoiava nisso tudo era ele. E agora? Pra quê continuar tudo isso?

Eu não sei...

Só posso esperar...

Eu te amo, Rafael.

0 comentários:

Postar um comentário