domingo, 17 de julho de 2011

Oh pobre alma...

Que queres tu, pobre alma, a tentar se mostrar forte quando estás com tuas feridas a mostra? Fazes isso sabendo que, ao mesmo tempo em que queres cuidados, bloqueia a chance de recebê-los. Oh pobre alma, tens certo dom para provocar, mas não sabes usá-lo de forma a elevar-te ao teu ego; fazes uso das tuas provocações para criar mais ainda feridas em teu templo e desolo a teu coração.
Pobre alma... julga-te correta das mais infindas coisas, tens o dom de prová-las, mesmo erradas, mas acaba por esquecer de cativar a quem te ouve para que ele não te julgue apenas arrogante. Pobre alma, burra, certa, inteligente e arrogante em um mesmo momento.
Evitas o gozar da vida para cultivar os teus dessabores, dizes não para não mudar algo que escolhestes outrora. Tens gana de continuar a vida, mas corres sempre atrás da morte. Por quê, pobre alma, fazes isto? Por quê, pobre alma, não te fazes tão decidida a viver do que a morrer? Há quem te queira viva justo por acreditar em ti. Há quem te queira forte, pois consegue se sentir mais forte ao te ver assim. Há quem queira te compreender, justo por achares que não tem a quem faça-te isto. Acorda-te, pobre alma!
Faça-te rica, alma! Faça-te mais decidida do que és, porém menos orgulhosa do que já fora antes; faça-te visível para todos que buscam um exemplo de felicidade e superação. Faça-te compadecida por mostrar a todos o quão melhor pode ser o mundo por teus ideais. Faça-me feliz, pois não quero ver só a sua boca dizer que está feliz, mas quero a felicidade radiar você por inteiro, minh'alma.

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