quinta-feira, 14 de julho de 2011

Codinome: Glória Maria.


Cinco anos. Esse foi o tempo em que fingíamos ser namorados. A gente achava que ser namorado era passear por toda a escola com a mãozinha dada e, quando queria se mostrar para os outros, dávamos selinhos. Já no final, Glória Maria, você achava que ser namorada de alguém era ter ciúme até do modo como o seu namorado respirava diferente em determinado dia. E foi esse seu ciúme besta acabou com o nosso teatro, (in)felizmente.
A briga que fez com que terminássemos foi forjada por você de modo que eu corresse atrás e me ajoelhasse pedindo perdão. Na época eu estava tão cheio de mim, tão egoísta, tão certo da nossa farsa, que eu corri sim atrás de você: cheguei em sua casa e terminei com tudo, joguei aqueles 5 anos fora. Joguei fora mesmo; eu vejo aqueles anos hoje como uma bela farsa. Até alianças você me fez usar quando eu fui morar em outro estado!
Nossa relação hoje é bem engraçada. Eu sempre quis ao menos continuar uma amizade legal com você, mas você sempre se fechou. As vezes você passa radiante e me trata super bem, as vezes me fuzila com o olhar... ops, vou contar essa parte de novo: quando eu estou sozinho, você me trata super bem, quando eu estou acompanhado, você me fuzila com o olhar. Como sou de pagar com a mesma moeda, para não ficar em dívida, eu te provoco agarrando as minhas amigas pela cintura, bem daquele jeito em que encenávamos a nossa felicidade no colégio, e fico olhando para você só para ver a sua cara de insatisfação. Pois é, sou uma pessoa malvada.
Eu tenho lá minhas dúvidas sobre os seus sentimentos para comigo, mas uma coisa é certa, Glória Maria: o jeito que você age comigo é um jeito que nunca vai permitir você me ter de volta. Nem mais como amigo.

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